Welica Alves
A maioria das vezes, a câmera escondida é utilizada para denunciar casos relacionados a pequenos delitos como traficantes “chinelos” usuários que são viciados e precisam de tratamento.
No jornalismo investigativo é dificilmente ver uma reportagem usando a câmera oculta, mostrando o chefão da quadrilha de tráfico de drogas. Para a jornalista Cristiane Finger, o uso da câmera oculta não é usado em todos os casos comprometedores, pois ela discorda do uso desse recurso na produção e na publicação das notícias.
No trabalho de investigação, o profissional precisa acreditar na capacidade, e levantar questões pertinentes sobre tal assunto, procurar todos envolvidos no fato, inclusive à internet como uma grande aliada. E a pluralidade de fontes, da uma consistência no sentido de orientar o repórter na apuração dos fatos.
Nos Estados Unidos já existe legislação proibindo o uso das chamadas câmeras ocultas. Já no Brasil, o recurso é usado indiscriminadamente, porque é considerado um atalho, uma armadilha, invasão de privacidade das pessoas.
Um outro problema, sobre o uso de câmera oculta é quando o repórter se faz passar por outra pessoa, a famosa falsa identidade, crime previsto no Código Penal Brasileiro (artigo 307).
No campo jornalístico tem muitas ferramentas que são importantes, a multiplicidade das fontes, o sigilo das fontes, o direito de informar e de ter a informação. Portanto, no momento em que as denúncias são comprovadas, o jornalista é inocentado de qualquer responsabilidade penal e/ou civil.